Cebraspe conclui benchmarking previsto em projeto de implantação da UnDF

Cebraspe conclui benchmarking previsto em projeto de implantação da UnDF

Estudo traz as melhores práticas adotadas em seis universidades brasileiras e quatro estrangeiras, incluindo as aclamadas Stanford, dos EUA, e Oxford, do Reino Unido

Como parte do projeto “Uma Universidade Distrital”, o Cebraspe entregou um dossiê com as melhores práticas adotadas em dez universidades brasileiras e estrangeiras que poderá subsidiar o processo de implantação da Universidade do Distrito Federal Professor Jorge Amaury Maia Nunes – UnDF. Trata-se do benchmarking (que vem de benchmark, ou referência em português), método usado em todo o mundo para comparação de desempenho de processos e produtos entre instituições similares com o objetivo de entender as práticas que conduzem a melhores resultados e a desempenhos superiores.

O estudo faz parte da segunda macroação prevista no projeto “Uma Universidade Distrital”, que completou em setembro um ano de trabalho. A iniciativa é fruto de parceria entre o Cebraspe, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal – FAPDF e a UnDF.

O benchmarking chegou a informações bastante singulares – como, por exemplo, o fato de que as entidades acadêmicas consideradas modelares adotam iniciativas de sustentabilidade em seus campi nas áreas da eficiência energética, uso da água, reciclagem e mobilidade, entre outras.  Outro resultado interessante diz respeito ao regime de ensino: turmas reduzidas com possibilidade de aulas direcionadas; a existência de uma base curricular comum interdisciplinar que aborda os principais desafios globais e promove habilidades nas áreas literacia digital e da informação, empreendedorismo e inovação; aprendizagem baseada em projetos; abordagem pedagógica com metodologias ativas, ensino colaborativo e experimental.

Para incentivar a inovação, os resultados do benchmarking recomendam a presença do setor produtivo na universidade, com os laboratórios corporativos; atuação dos parques tecnológicos; presença de incubadoras e criação de núcleo de empreendedorismo. Além destas, outras dez dimensões foram pesquisadas.

Universidades estudadas – Para o estudo que vai contribuir para a consolidação da UnDF, as instituições brasileiras escolhidas como parâmetro de avaliação foram a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o Centro Universitário Uniamérica do Paraná (Foz do Iguaçu), a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA). As estrangeiras analisadas foram a Stanford University (Estados Unidos), a Universidade Nacional Autônoma do México, a Oxford University (Inglaterra) e a Nanyang Technological University (Singapura).

Para chegar às dez universidades de referência, o Cebraspe executou um estudo prévio e selecionou 18 instituições de ensino superior nacionais e 12 internacionais que reconhecidamente possuíam uma gestão inovadora destacada. A partir dessa seleção prévia – que teve critérios como análise do Índice Geral de Curso e posicionamento em rankings internacionais relacionados à Educação Superior – o Centro definiu as instituições estudadas por critérios como representatividade regional e natureza jurídica (pública ou privada).

O trabalho foi dividido em duas partes. Na primeira, foram avaliadas as informações gerais das instituições de ensino superior selecionadas, as características geográficas, demográficas, socioeconômicas e educacionais do município da localização da sede. Na segunda, foi realizado o estudo propriamente dito, estruturado em dimensões e indicadores que ajudam a identificar as “boas práticas” de gestão que provavelmente impactam ou influenciam diretamente no bom desempenho das universidades em estudo.

Projeto UnDF – A primeira etapa do projeto foi de estudos de viabilidade, entregues em abril deste ano. Eles incluíram investigações sobre impacto e custos de implantação da UnDF, pesquisa sobre a oferta e a demanda de educação superior – pública e privada – no DF e RIDE, além da elaboração de um panorama do ensino acadêmico no DF, com seus desafios e perspectivas.

Essa primeira etapa culminou em um verdadeiro raio-x e detectou, por exemplo, que 88 instituições de ensino superior têm sede na RIDE/DF – sendo que, destas, 72 estão sediadas no DF, sendo cinco públicas e 67 privadas. Contudo, a oferta de cursos voltados para as áreas das engenharias, tecnologias e de inovação ainda é baixa.

O diagnóstico concluiu ainda que a UnDF pode trazer impactos positivos para a economia distrital, principalmente nos campos da indústria e da agropecuária. E, entre os desafios, está a implantação de quatro mestrados e dois doutorados, conforme recomendação da Capes.

As últimas duas macroações previstas no projeto “Uma Universidade Distrital” serão a pesquisa de modelos inovadores de gestão universitária: proposta de modelagem para a estruturação da Universidade do Distrito Federal e a pesquisa de metodologia e/ou tecnologias inovadoras de Ensino Superior.

Eventos – Com o objetivo de trazer para a área de pesquisa da nova universidade as melhores recomendações garimpadas nos temas da gestão universitária inovadora, técnicos da UnDF e do Cebraspe participam de cinco eventos, sendo dois ocorridos em setembro, dois em outubro e um no mês de novembro.

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