Avaliação de desempenho do Senai, executada pelo Cebraspe, aprimora educação profissional no país

Avaliação de desempenho do Senai, executada pelo Cebraspe, aprimora educação profissional no país

Resultados foram apresentados no início de março durante Workshop

Os alunos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), maior complexo de educação profissional da América Latina, estão cada vez melhores no quesito aprendizagem. É o que comprova a mais nova Avaliação de Desempenho de Estudantes (ADE), aplicada pelo Cebraspe no ano passado para 18.107 estudantes, distribuídos em 813 unidades de 25 estados.

O percentual de alunos com resultado “avançado” nas provas práticas foi o maior desde 2018, primeiro ano da parceria para análise de desempenho: 59%. Considerando o Indicador de Desempenho da Avaliação Profissional (Idap) final, nove Departamentos Regionais alcançaram o valor de referência: 7,6. Dos 38 cursos avaliados nos exames práticos, a performance dos estudantes do Senai ficou acima de 90 – com destaque para os cursos da área Têxtil, cuja média alcançou a pontuação máxima de 100, Processos Gráficos (99,7), Biotecnologia (98), Alimentos (97,7) e Química (97,5).

Os dados gerais da avaliação educacional do ciclo 2021, bem como os aprendizados e os desafios que esses resultados trazem para a melhoria da qualidade da educação superior no Senai, foram apresentados pelo Cebraspe durante o primeiro dia do “12º Workshop dos Resultados da Avaliação de Desempenho dos Estudantes do Senai”. Na ocasião, os participantes puderam discutir sobre os resultados da avaliação e, principalmente, refletir sobre a utilização dos levantamentos nas intervenções pedagógicas para o ano de 2022.

“Parabenizo o Senai pela iniciativa e por criar esse espaço de debate. O Cebraspe tem uma satisfação muito grande de poder, ao longo dos últimos anos, participar desse processo de construção da avaliação do Senai de uma forma muito proativa, junto do Senai, que se desafia a todo momento a implementar novos instrumentos, trazer reflexões e melhorar esse processo avaliativo de acordo com os contextos”, disse Cláudia Griboski, Diretora Executiva do Cebraspe.

A avaliação realizada pelo Cebraspe é separada em duas etapas: prova objetiva on-line e avaliação prática. As provas objetivas foram aplicadas em dois momentos, em setembro de 2020 e de junho a setembro de 2021, e realizadas por meio do sistema para aplicação de provas on-line denominado Sistema de Aplicação de Testes Eletrônicos (Sate).

Do total de participantes, 69% obtiveram resultados nos níveis adequado e avançado nas provas objetivas, ou seja, cerca de 16,7 mil estudantes. A Avaliação de Desempenho de Estudantes também ouviu, por meio de questionários, 2.280 docentes, 380 coordenadores pedagógicos e 239 gestores.

A performance dos estudantes do Senai nos exames práticos vem melhorando visivelmente ao longo dos anos: aqueles avaliados como nível avançado eram 18,2% em 2018, chegaram a 54,7% em 2020 e em 2021 foram 59%.

“O ideal é que haja uma integração das informações e dos diferentes instrumentos para assim atingir o objetivo, que é alcançar as metas estabelecidas e garantir a educação de qualidade”, aponta Renata Manuelly de Lima, Coordenadora de Ensino, Pesquisa e Avaliação do Cebraspe.

Reflexão e desafios – Durante o evento, Claudia apresentou uma análise reflexiva dos resultados da avaliação dos estudantes realizada em 2021, apontando aprendizados e desafios que eles trazem para a melhoria da qualidade da educação superior no Senai. Para ela, normalmente, as instituições têm uma ênfase muito grande no processo avaliativo e destacam pouco tempo para a análise dos resultados, em especial para traçar um plano de ação que venha a propiciar intervenções necessárias na prática pedagógica visando a melhoria dos resultados.

“Nossa ideia é que, ao longo deste workshop, a gente possa contemplar, a partir desses resultados, planos de melhoria e propostas que venham auxiliar na melhoria do processo, tanto para os estudantes, que veem no processo avaliativo a possibilidade de melhorar a sua aprendizagem, como também para os docentes e profissionais da educação, que vislumbram nos resultados desse processo avaliativo, melhorias nas suas práticas, nas suas redes de colaboração, nas suas intervenções, na práxis acadêmica”, reforça.

Em sua apresentação, Claudia também ressaltou a importância da confiabilidade da avaliação, destacando que questões de aprendizagem devem apoiar a produção de informações e de evidências que gerem aprendizados e favoreçam os processos decisórios. “Se a avaliação é confiável, então nós temos bons instrumentos para garantir a fidedignidade dos resultados. Assim, será possível apoiar os interessados a formular, revisar e expandir suas compreensões sobre o objeto avaliado e aprender com ele, de modo que as finalidades formativas e somativas das avaliações sejam alcançadas”, disse. “O que se espera é que realmente a gente tenha a avaliação como uma rotina de melhoria da qualidade, onde não exista mais um olhar voltado para punição, mas para o que podemos fazer para melhorar. Ou seja, deve assegurar esse processo permanente de desenvolvimento da formação dos estudantes”, complementa.

Veja a íntegra da participação do Cebraspe no evento clicando aqui.



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